Sonho de Cinema

Está a tornar-se um facto que nos EUA, cada vez mais, surgem séries de TV com qualidade acima da média e que viciam completamente quem as vê. O fenómeno começou com o canal de cabo pago HBO e tem vindo a disseminar-se pela Tv generalista, a série que resolvi hoje comentar pertence à ABC e passa na SIC aos Domingos em dose dupla.

A ideia inicial é genial, um enterro de uma residente (Mary Alice, que se suicidou sem que se saiba a razão) num bairro de suburbio americano, que pertence a um grupo de 5 amigas, o curioso é que a narração de toda a série é feita pela morta que nos vai apresentando a vida de cada uma delas e os pequenos segredos e intrigas daquele bairro, que vive essencialmente de aparências.

As 4 actrizes que compõem o núcleo duro da série é excelente: Susan (Teri Hatcher) é uma mulher divorciada e com uma filha, tendo pouca sorte ao amor (o ex traiu-a com uma mulher mais nova) e que procura refazer a vida com o solteiro mais cobiçado do bairro; Bree (Marcia Cross) contorna as emoções por via de uma arrumação maniaca da sua vida e cujo casamento se desagrega; Gabrielle uma ex-modelo, casada com um homem rico mas ausente e ela procura a adrenalina e juventude do jardineiro (no fundo procura atenção e uma pessoa que a trate como uma estrela que ela outrora fora) e Lynette, uma mulher que deixou a sua carreira profissonal ascendente para cuidar dos filhos (que são uns terrores). Além destas, ainda existe no bairro um conjunto de personagens bem fortes e delineadas, com variados enredos que serão desvendados no ultimo episodio, como por exemplo, o porquê de Mary Alice se ter suicidado.

O ritmo da série assemelha-se às "soap operas" americanas, no entanto, o humor sarcástico, as situações delirantes e o desfazer daquela ideia de que nos suburbios com as suas casinhas perfeitas de cercas brancas e jardim nada pode correr mal, fazem desta série uma agradável surpresa e não espanta que tenha ganho vários Globos de Ouro este ano.

Vale muito a pena espreitar a série e ver como as personagens e as situações se desenrolam, quer seja na SIC ou no canal Fox da Tv Cabo. Com as excelentes séries que, actualmente, existem nos EUA parece-me que esta rubrica que criei vai dar ainda muito que contar.

Carpe Diem

Aqui está uma serie que sigo religiosamente desde a sua estreia na 2, trata-se de um excelente entertenimento televisivo (com laivos cinematográficos) da responsabilidade de Allan Ball, o argumentista do filme "Beleza Americana". A historia baseia-se na vida de uma familia disfuncional composta por uma mãe (a brilhante Frances Conroy) hiper protectora e sufocante para os que a rodeiam, o filho mais velho (Michaell Hall) gay que namora um policia negro e gosta de relações casuais, o mais novo (Peter Krause) que abandonou a familia para viver a sua vida e regressa aquando da morte do pai e uma filha (Lauren Ambrose) que não sabe o que quer fazer da vida e que actualmente até duvida da sua tendência sexual e todos eles responsáveis pelo negocio da familia, uma agencia funeraria.

Com um humor non-sense, uma ironia muito forte e um sentido de drama intenso compõe esta excelente serie e faz com que cada episodio seja uma aventura e algo estranho mas que, como diria Pessoa, se entranha logo de seguida. Além dos actores estupendos e dos argumentos bem elaborados, a serie tem tido a oportunidade de revelar novos realizadores, alguns dos quais já deram o primeiro passo no cinema: Miguel Arteta, Michael Cuesta e Kathy Bates.

Quem segue esta série (Segundas à noite na 2) sabe que neste momento os relacionamentos já deram muitas voltas e que cada vez se apura mais o produto final, em Portugal passa a 4ª série e nos EUA já iniciaram a 5ª e ultima (segundo informação do criador Allan Ball). Se a perderam ainda vão a tempo de apanhar o fio à meada pois já sairam em pack DVD as 3 primeiras series (sendo que a terceira ainda não esta disponivel em Portugal).

Um ultimo reparo para os actores, todos eles excelentes e que têm vindo a evoluir ao longo das diferentes temporadas. Se querem algo cinematografico, complexo, ironico, mordaz, irreverente e diferente não a percam de vista.

Carpe Diem

Tendo em conta que amanhã sairá pela primeira vez em DVD em Portugal, juntamente com o jornal Público, o filme "Mar Adentro", deixo-vos aqui uma poesia (que dá nome ao filme e que o encerra) de Ramon Sampedro para ajudar a pensar na força de um homem que soube sempre o que queria.

"Mar adentro,

mar adentro.

E na leveza do fundo

onde os sonhos se tornam realidade

juntam-se duas vontades

para cumprir um desejo.

Um beijo acende a vida

com um relâmpago e um trovão

e, numa metamorfose,

o meu corpo já não é o meu corpo,

é como penetrar no centro do universo.

O abraço mais inocente

e o mais puro dos beijos

até ver-nos reduzidos

a um único desejo.

O teu olhar e o meu como um eco

repetindo, sem palavras,

mais adentro, mais adentro

até ao mais além de tudo

pelo sangue e pelos ossos.

Mas acordo sempre

e sempre desejo estar morto

para continuar com a minha boca

enredada no teu cabelo."

Existem séries de Tv que têm uma forte componente cinematográfica e uma qualidade acima da média, sendo esse o caso deste "Lost" originário da cadeia ABC nos EUA. Trata-se da nova série do criador da "Vingadora - Alias", J. J. Abrahms (será o realizador e argumentista do filme Missão Impossível 3) e passa actualmente no Canal 1 e no canal Fox da Tv Cabo.

A história baseia-se no despenhamento de um avião comercial numa ilha deserta em que sobrevivem 48 pessoas, cada uma delas com o seu passado e com uma história oculta. Na ilha sucedem coisas estranhas, desde o aparecimento de ursos polares, uma população indigena estranha, uma francesa que por lá se encontra há 16 anos e um animal (?) que faz imenso barulho e mata pessoas.

É uma série aliciante e muito viciante, nomeadamente ao contrabalançar o passado das personagens e o seu desempenho actual na ilha, sendo que muitas vezes o primeiro condiciona o segundo. Os actores são excelentes e a trama adensa-se de episodio para episodio, sendo que, apesar de ficar perdido numa ilha deserta possa parecer algo complicado actualmente, os argumentistas conseguem colocar as situações de forma realista.

O unico senão é a forma como o Canal 1 trata esta série e só tenho pena de não ter sido a :2 a transmiti-la, já que muitas vezes corta o inicio de cada episodio (ver a diferença com a exibição dos episodios no canal Fox) e não respeitam horarios ou dias de exibição... se não tiverem o canal Fox vejam aos Domingos à tarde (caso a RTP não decida emitir os episodios ao Sabado ou aos feriados como já fez) e não percam esta pequena pérola cinematografica da Tv.

Carpe Diem

Depois do "Sin City" este era outro filme que aguardava ansiosamente visto ser um grande fã do personagem e dos comics associados ao mesmo. A história das adaptações cinematograficas do Batman começou espectacularmente bem com a direcção de Tim Burton nos 2 primeiros filmes e, quanto a mim, o segundo filme continua a ser o meu favorito dada a sua negritude e o cenário fabuloso de Gotham City (já para não falar dos vilões, os excelentes Catwoman - Michelle Pfeiffer e Pinguim - Danny De Vito), mas a entrada de Joel Schumacer nos filmes "Batman e Robin" e "Batman para Sempre" transformou o franchising num misto explosivo de cores e tematica gay.

O filme que agora estreou procura contar a origem do homem morcego e apresenta um Batman mais humano e com "gadgets" verossímeis, apesar de certas liberdades na criação da personagem como sendo a morte dos pais de Bruce Wayne que se dá à saida de um cinema e não de um espectáculo de ópera e o facto de Ra´s Al Ghul (supostamente) morrer.

Em termos de cenários temos uma Gotham City mais realista (baseada na cidade de Chicago), um Batmovel mais consentâneo com a realidade (um misto de tanque com jipe) e um fato de morcego/gadgets sem os adornos S&M de Tim Burton ou gay de Joel Shumacer. Em minha opinião os cenários dos 2 primeiros filmes realizados por Burton são geniais (no entanto menos fieis à BD) o que penso ser um ponto fraco deste filme, apesar dos cenarios menos trabalhados darem mais espaço às personagens para evoluirem.

Na zona dos herois, Christian Bale tem um estupendo desempenho, misturando a sua fleuma britânica como Bruce Wayne e a força do "Psicopata Americano" de Breat Easton Ellis enquanto Batman, apesar de ser fã de Michael Keaton, penso que foi uma boa escolha. Lucius Fox, Alfred e Gordon são interpretados na perfeição por Morgan Freeman, Michael Caine e Gary Oldman respectivamente, sendo que estes 2 últimos são dos mais fieis à BD (o Alfred de Caine é refrescante pelos momentos de humor inglês que instila ao longo do filme). O unico senão neste naipe de actores é a fraquinha Katie Holmes (Rachel Dawes) que não adianta nem atrasa no filme, pode ser que o marketing do seu relacionamento com Tom Cruise dê mais visibilidade ao seu papel...

Os vilões deste filme são mais fracos do que nos 2 primeiros filmes da serie (até mesmo nos 2 seguintes), temos o Espantalho (Cillian Murphy), Carmine Falcone (Tom Wilkinson) e Ra´s Al Ghul (Liam Neeson), que com um desempenho mais apagado dão maior relevância ao personagem principal... aguardemos pelo filme que se seguirá e o regresso do Joker. Uma última referência ao Asilo Arkham que parece um edifício simples e sem a força, ao contrário da "graphic novel" de Dave Mckean.

Em resumo, trata-se de um filme de regresso às origens e onde se vê mais a faceta de Bruce Wayne do que propriamente o Batman, se preferirem algo mais negro e original fiquem-se pelos dois filmes de Tim Burton. Por falar neste realizador, estejam atentos porque ele vai voltar na companhia de Jonhy Depp para um filme que deve ser a sua nova loucura "Charlie e a Fabrica de Chocolate".

Carpe Diem

O filme sensação do momento, não tanto pelo argumento ou pelas virtuosidades do realizador (Doug Liman), mas devido ao suposto envolvimento entre as duas estrelas do filme na vida real, Brad Pitt e Angelina Jolie. Não sei até que ponto algumas pessoas irão ver o filme para verificarem se existe ou não quimica entre os actores (ela está lá, mas também não é muito dificil entre 2 actores que distilam sexo por todos os poros), no entanto, o filme tem momentos divertidos e boa acção.

A história retrata a vida de um casal que se encontra num impasse relativamente ao seu casamento, no entanto, ambos têm um segredo que o outro membro do casal desconhece, são assasinos profissionais que trabalham para agências rivais. Esta premissa já antes foi utilizada em cinema, nomeadamente, no filme de Jonh McTiernan "A Verdade da Mentira", mas este conjuga cenas de acção com laivos de comedia negra em relação ao casamento.

Trata-se de um filme ideal para o Verão, com um argumento simples, momentos divertidos e um par que desempenha bem o seu papel.

Antes da exibição deste filme vi 2 trailers que me entusiasmaram: "Batman" de Christopher Noolan (continuo a ser fã dos 2 primeiros filmes realizados pelo Tim Burton, no entanto, parece-me que este será um bom recomeço para a série) e "Quarteto Fantástico" (parece-me que este filme irá ter tanto sucesso quanto o do Homem Aranha).

Carpe Diem

Depois de 2 semanas de férias em pleno Algarve e temperaturas de quase 40 graus, estou de volta ao cinema e logo com um filme que tanto me entusiasmava no inicio deste blog (ver texto de 28 Janeiro) e apenas o que posso dizer depois de o ver é uma onomatopeia: "WOW".

Para quem conhece o trabalho de Frank Miller nos comics "Sin City" apenas poderá ficar maravilhado com o produto final porque trata-se da mais fiel adaptação de uma BD ao cinema, com todas as pallettes de preto e branco que fascinam nos livros e a explosão esporádica da cor em momentos essenciais. O filme baseia-se em 3 livros da série Sin City: "Sin City", "That Yellow Bastard" e "The Big Fat Kill" (o primeiro já traduzido em português pela Devir e os 2 seguintes deverão sair este mês).

Os actores foram escolhidos à medida do seu papel no filme e é formidável ver Mickey Rourke enquanto Marv, Bruce Willis como Hartigan e Clive Owen como Dwight. São estes os 3 principais actores do filme e os fios condutores das tres histórias, o que poderá ser um senão no filme é a escassa interligação entre as histórias, no entanto, para quem tomar atenção reparará que tudo neste universo de perversão, crime e castigo se cruza, quanto mais não seja porque o mal tem um nome concreto e um poder imenso em Basin City, esse nome é "Roarke". Há no entanto neste filme um problema para quem não conheça os comics e que será resolvido na sequela prevista para 2006, o porquê da mudança de rosto de Dwight (que este faz alusão no filme e que surge justificado no livro "A Dame to Kill For") e a origem de Manute (Michael Clark Ducan).

Li várias criticas ao filme que repisam sempre no tema da violência excessiva, é um facto que ela existe e nos livros é mais suportável do que no filme, no entanto, é um prazer ver a "doce" Miho (excelente Devon Aoki) usar as espadas e adagas. Uma última referência ao casting na figura da bela Nancy Callahan que, pelo corpo e rosto de Jessica Alba (que também fará de Mulher Invisivel - Sue Richards no filme Quarteto Fantástico), reflecte toda a sensualidade dos comics.

De notar que neste filme uma sequência foi filmada por Quentin Tarantino (a cena em que Dwight vai no carro com um muito morto Benicio Del Toro como Jackie Boy) e ao que parece este ficou muito entusiasmado com as novas potencialidades deste tipo de filmagens em ecran azul/verde e com fundos incluídos na pós-produção.

Se gostam de emoções fortes, de boas histórias ou se são simplesmente fãs dos comics de Frank Miller como eu, não percam este filme e aguentem porque em 2006 temos mais!!!

Carpe Diem

Aqui está o filme que os fãs de Star Wars tanto ansiavam, o episódio final da primeira triologia e onde se revela, finalmente, como surge Darth Vader e se obtêm a resposta a várias questões em aberto da segunda triologia. Não sou um fanático da série, no entanto, os filmes que compôem a segunda triologia sempre mexeram comigo e fizeram-me acreditar num mundo de fantasia e onde a dualidade bem/mal estava bem definida. Em termos da triologia inicial, não tenho um filme favorito, no entanto, a cena mais marcante é a do final do "Regresso de Jedi" onde Darth Vader se revela pai de Luke.

Quando soube da ideia de George Lucas em voltar a pegar no universo Star Wars, mas desta feita começando pelo inicio fiquei entusiamado porque Vader sempre exerceu em mim algum fascinio, nomeadamente com a sua respiração pesada e a sua voz potente (James Earl Jones) e saber como Anakin se tornou no monstro tornou tudo ainda mais aliciante. Os dois primeiros episódios são bastante fracos comparados com a segunda triologia, no entanto, "A Guerra dos Clones" já tinha alguma consistência e apresentava um dos ícones da triologia seguinte, o assasino profissional Jango Fett (pai de Boba Fett que captura Han Solo).

Este terceiro tomo, é um filme com muita acção, no entanto e em minha opinião, é um filme onde se abusa dos efeitos especiais em detrimento da emoção e do argumento (ver sequência inicial e o desmenbramento de Anakin). A emoção com que vi a segunda triologia não se compara com os novos filmes e apenas senti o mesmo nos minutos finais deste filme, quando Anakin se transforma em Darth Vader (quando se ouve a respiração pesada pela primeira vez é aquele momento que vale todo o filme).

Quanto a mim o actor Hayden Christiansen foi um erro de casting pela sua inexpressividade e as sequências de amor entre Anakin e a Rainha Padmé (Natalie Portman que eu espero esteja bem melhor no seu proximo filme, a adapção da graphic novel de Alan Moore "V for Vendetta") são ridiculas, falta emoção tendo Lucas apostado mais nos efeitos especiais. De todo o elenco desta triologia destaco de forma sublime Ian McDermid no seu Imperador Palpatine e Christopher Lee no Conde Dooku.

É sempre bom saber como as coisas tiveram a sua origem e com esta nova triologia verifica-se que a base do universo Star Wars é a história de um miudo diferente dos outros, com muita ambição e que o amor o puxa para o lado negro da Força. Seria interessante ver o que faria Lucas da última triologia, mas possivelmente isso nunca será possivel e talvez seja melhor assim porque talvez fosse mais tecnologia que emoção.

Que a Força esteja convosco!!

Aqui está um filme independente e surpreendente na sua simplicidade, a história baseia-se numa vingança de um jovem (Rory Culkin) que passa a vida a ser enxovalhado em pleno liceu por um outro aluno maior e mais forte que este (Trevor Morgan). O primeiro decide juntar os amigos (entre eles o irmão mais velho) para pregar uma partida ao "bully" do grupo, no entanto, nem tudo corre como esperado.

O filme teve estreia nacional no Indie Lisboa e demonstra bem a vitalidade de algum cinema independente americano, com um bom argumento (que várias pessoas definem como um mix entre o "Fim de Semana Alucinante" - "Deliverance" de Jonh Boorman e o "Bully" do Larry Clark) e excelentes interpretações, sendo que Rory Culkin suplanta em muito o seu irmão mais velho. O realizador/argumentista (Jacob Aaron Estes) consegue obter dos protagonistas excelentes interpretações, no entanto, o filme peca um pouco pela justificação das acções e pelo seu final "redentor".

Para quem gosta de cinema de autor e boas interpretações é um filme a não perder e que já deve andar nos videoclubes.

Carpe Diem

Eu sei que sentiam imenso a minha falta (nem sabia que o actual Papa era leitor do meu blog), no entanto, aqui estou de regresso. O facto de não andar a actualizar o blog tem apenas por fundamento a falta de vontade e alguns problemas com o meu PC, mas espero que de agora em diante possa continuar a falar daquilo que mais gosto: cinema.

Desde o último texto vi algum cinema e fui a 2 festivais (Festa da Música no CCB e Indie Lisboa no King/Forum Lisboa). Em relação ao Indie Lisboa, o melhor filme que vi foi uma sessão especial, com a obra prima de Samuell Fuller intitulada "O Sargento da Força Um", numa magnifica cópia aumentada e restaurada, que sairá em DVD ainda este mês em Portugal.

Quanto à Festa da Música, este ano dedicada a Beethoven e seus amigos, foi como sempre um espaço de convivio, onde várias gerações se cruzam para ouvir musica clássica e desfrutar do ambiente de festa do certame. Apenas falhei as 2 primeiras edições, desde que fui a uma tornei-me fã.

Aproveitem bem este calor e quanto aos meus "fãs", estou de volta.

Carpe Diem