outubro 28, 2005

Deliciosamente Genial!!


Wallace & Gromit e a Maldicao do Coelhomem Posted by Picasa

A "Paixão" do Grunge


Last Days - Ultimos Dias Posted by Picasa

outubro 16, 2005

Estranheza...


Nada a Esconder Posted by Picasa

Tive a oportunidade de assistir a este filme no mais recente Festival de Cinema Francês e um pouco "empurrado" pelo facto do cinema de Michael Haneke ser sempre surpreendente e ter sido premiado em Cannes (justamente com o prémio para melhor realizador), no entanto, trata-se de um filme muito estranho e que cria demasiadas questões sem resposta.

O filme ainda não estreou comercialmente em Portugal (apesar de ter sido adquirido pela Atlanta Filmes) e creio que a forma como está estruturado irá criar bastantes anticorpos no espectador de cinema alheio aos filmes europeus. Quem espera um filme provocante e hardcore como "Brincadeiras Perigosas", pode desistir porque este é do foro psicológico e da mente, aqui o medo surge por meio de uma ameça que não se vê e esse facto criará todo o clima de tensão existente.
Tudo começa quando um casal (os brilhantes actores Daniel Auteuil e Juliette Binoche) são aterrorizados por uma serie de videos filmados da entrada da sua casa sem que saibam quem os fez ou onde se situa a camera. Esta insólita situação irá aumentar com o tempo até que as imagens gravadas se vão tornar cada vez mais pessoais para George (Daniel Auteuil) e como não existe uma ameaça identificada, a policia nada pode fazer para ajudar. Com o tempo vimos a descobrir que o casamento não anda bem e George tem traumas de infância escondidos, nomeadamente pelo facto de ter arruinado a hipótese de felicidade de uma criança argelina, adoptada pelos seus pais, apenas porque não queria partilhar a sua vida com mais ninguem.
O filme pode ser visto como uma crítica ao estado actual da nossa sociedade, onde tudo é passivel de ser filmado e a indiferença das relações (sejam de amor, familia ou racismo) vão predominando. A ideia do video a ser filmado, sem razão aparente, e como forma de chantagem tinha sido melhor explorado no filme de Lynch "Estrada Perdida".
Este filme vale pela interpretação dos seus actores e claro, num filme de Haneke, não poderia faltar uma cena choque como é a do suicido argelino testemunhado por George. O seu final, ainda que enigmático é revelador do que uma criança pode fazer para que os seus pais se unam de novo.
Quando estrear creio que vai ser daqueles filmes que extremam posições, quanto a mim não é um Haneke vintage e poderia ter outros desenvolvimentos e um ritmo mais aliciante. Recomedo o filme apenas a indefectiveis do realizador ou a fãs de cinema francês e europeu.
Carpe Diem.

Quando um Homem se sente um Objecto


Ela Odeia-me Posted by Picasa

O ultimo filme de Spike Lee muda de registo, tendo em conta a habitual atitude panfletária do realizador para um filme que mistura vários géneros: critica social, sexualidade, a ideia do homem como objecto, critica ao modelo americano actual e todo o mal estar provocado pela falência de grandes empresas como a Eron.
A história gira à volta de Jack Armstrong (Anthony Mackie), executivo de uma grande empresa de biotecnologia, que é despedido da mesma quando informa o seu patrão (Woody Harrelson num pequeno, mas fantástico papel) das investigações por parte do Estado em relação ao patenteamento de um medicamento experimental. Habituado a um nível de vida elevado e sem conseguir emprego semelhante e com as suas contas congeladas, por se ter tornado o bode expiatório do problema da empresa, Jack recebe uma proposta da sua ex-namorada Fatima (Kerry Washington), agora lésbica, para engravidá-la no método tradicional em troca de 10 mil dólares. A partir deste momento, dado que Fatima é uma mulher de negócios de topo, irá indicar Jack a várias lésbicas de modo a que consigam também engravidar por contrapartida monetária. Tudo isto já seria complexo quando ainda surge um mafioso (John Turturro num delicioso papel) e a sua nova ocupação é desvendada em tribunal.
Como devem imaginar, trata-se de um filme com um argumento rocambolesco e que tenta misturar vários assuntos, no entanto, consegue acertar em alguns alvos como sendo a ideia do homem objecto vs mulher objecto, a facilidade de corrupção das grandes corporações americanas, a hipocrisia dos americanos e a criação de novas familias.
Em minha opinião, o filme peca por querer falar de muito em pouco tempo, tornando-se um pouco maçador, mas Spike Lee nunca foi tão acutilante e a ideia mais interessante é ver o homem macho a ser usado como uma "vaca" e a criação de debate acerca das novas familias e aquela que se cria no final do filme.
Se querem ver um filme menos pesado e mais ousado fiquem pelo anterior de Lee, "A Ultima Hora", no entanto, este também vale a pena o visionamento e diverte muito a espaços.
Carpe Diem.

Humor Wilderiano


Uma Boa Mulher Posted by Picasa

Eis um filme que me surpreendeu pela positiva dada a prosa de Oscar Wilde e a forma irónica como ele representa a sociedade do seu tempo. O filme além de ser bom, também foi potenciado pela excelente companhia que tive e pelo fim de semana carregado de emoções, na bela cidade de Lagos.
O filme retrata a típica ironia wilderiana, com os seus mal entendidos e as tiradas fabulosas que nos permite sorrir a cada diálogo dos personagens e com um elenco recheado de estrelas e actores britânicos de qualidade (Helen Hunt, Scarlett Johansson, Tom Wilkinson) e realizado por Mike Barker.
Os valores de produção são excelentes e os actores surpreendem sempre pela positiva, como é o caso de Helen Hunt que detem mais experiencia em comédias. O filme retrata a história de um casal que pertence à alta sociedade, no entanto, um boato acerca do relacionamento do noivo (Robert Windermere) com uma mulher considerada como vamp e ursupadora de homens alheios (Mrs. Erlynne), poderá deitar tudo a perder e arruinar a reputação de Meg Windermere que se vê a ser disputada pelo "playboy" Lord Darlington.
Se juntarmos num filme a fidelidade a uma época, interpretações excelentes de actores ingleses e americanos a uma fina ironia proveniente da escrita de Oscar Wilde, obtemos um conjunto perfeito para momentos bem passados.
Carpe Diem