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United We Stand

Foi há exactamente 5 anos que tudo aconteceu, no entanto, só agora os americanos tiveram a coragem de mostrar o que sentiram, revivendo o momento mais negro da sua história através de 2 filmes: o primeiro a surgir foi este "Vôo 93", realizado por Paul Greengrass e o próximo será o "World Trade Center" de Oliver Stone.
Este "Vôo 93" reproduz, em tempo real (1 hora e 51 minutos), o que se passou com o avião da United Airlines que foi o quarto a ser desviado por terroristas neste fatídico dia e que se despenhou sem atingir o seu alvo (no filme apontam o Capitólio como destino final, mas também se falou na Casa Branca).
Trata-se de um misto entre documentario e ficção, dado que o realizador conseguiu reunir alguns dos protagonistas desse dia, nomeadamente controladores de vôo e militares. Ao optar por perfeitos desconhecidos para integrarem o avião (grande parte familiares das vitimas), o realizador impôs um nível de realismo superior onde quase tudo é encenado, excepção feita a um dos melhores momentos do filme quando os passageiros, na eminência de controlarem o avião, se despedem dos seus familiares através do telefone.
O maior mérito do filme reside nas cenas de bastidores como toda a sequência nas torres de controlo antes de vermos os aviões a embaterem no World Trade Center ou o pormenor da chegada dos passageiros ao aeroporto em atitudes banais... são momentos de grande tensão e onde nos apercebemos do elevado stress que afecta um controlador de vôo, bem como a tremenda desorganização entre as diferentes entidades responsaveis (FAA e Força Aerea) que poderiam ter minimizado os estragos feitos pelos terroristas.
É um filme feito de amor e coragem onde, no fundo, os passageiros do United 93 foram os primeiros a lutar contra o terrorismo (devido a um atraso na descolagem, os 2 aviões já tinham atingido o WTC quando os terroristas tomaram conta do United 93) e a reforçar o valor de uma América que não baixa os braços, apesar das dificuldades.
Trata-se pois de um filme humano, realista, que nos deixa um autêntico "murro no estômago" após a sua exibição pelo facto de não podermos mudar o que aconteceu ou acreditar que a tomada do aparelho pelos passageiros seria bem sucedida... os últimos minutos do filme são como uma montanha russa, muita emoção que duvido possa vir a acontecer no filme de Oliver Stone já que, segundo cronicas da América, parece muito "limpinho".
Se gostam de bons dramas reais, mesmo que o final não seja feliz, não percam este filme porque ajuda a reflectir e dá respostas às questões de "como foi possível que isto tenha acontecido".
Carpe Diem.

É absolutamente arrepiante! Sentimos o terror que foi aquele dia que ainda hoje nos arrepia!

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