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Desagregação Familiar

O cinema independente americano continua a surpreender, desta feita pelas mãos do mais recente "golden boy", de seu nome Noah Baumbach. Trata-se de mais um realizador da nova geração de nomes como Sofia Coppola (ansiosamente espero o filme "Maria Antonieta") e Wes Anderson (produtor do filme).
A historia, autobiográfica do realizador, baseia-se num divorcio no seio de uma familia, aparentemente, funcional e as consequências para os filhos. Será sempre na perspectiva dos filhos que acompanharemos as diferentes fases do divorcio pelos pais.
A familia é composta por: um pai (magnifico Jeff Daniels) obsessivo, professor de literatura, sem conseguir publicar um livro novo e actuando como um guru para o seu filho mais velho; uma mãe (Laura Linney) que sente a falta de amor do marido e procura conforto em terceiros, enquanto se inicia na escrita provocando assim a inveja ao marido; um filho mais velho (Jesse Eisenberg) que idolatra o pai e segue sempre os seus conselhos, criando conflitos na sua vida e nas pessoas que o rodeiam e por fim um filho mais novo (Owen Kline) que apoia a mãe, mas cujo divorcio lhe trará varias sequelas como a dependência de alcool e a masturbação obsessiva em locais públicos.
Trata-se de um filme com um formato absolutamente realista e seco, onde as emoções aparecem sempre à flor da pele e o ridiculo de certas situações cria um humor negro e corrosivo. O inicio do filme explicita o que iremos ver quando a familia (antes do divorcio) joga uma partida de tenis com os pares (mãe-filho mais novo/pai-filho mais velho) a disputarem uma luta em vez de um simples desporto. Este inicio será um prenuncio da perda que as personagens enfrentarão ao longo do filme, sem que o seu final seja um "happy end".
O título curioso do filme ("A Lula e a Baleia") tem origem num medo do filho mais velho e também da sua ultrapassagem, num dos planos mais originais dos ultimos anos em cinema, um filme a não perder para quem gosta de historias reais contadas de modo irónico e simples sem açucar.
Carpe Diem.

Um bom filme sem duvida mas bastante “duro”, pois trata da separação de uma família e de todos os traumas e consequências que isso provoca, principalmente nas crianças.

Bjs Cláudia

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