A Fuga dos Clones
A Ilha
Estreou a semana que passou um dos blockbusters americanos de Verão que reunia as maiores expectativas, tendo sido um rotundo fracasso de bilheteira nos EUA. O filme não é mau de todo, apesar do realizador ser Michael Bay (especialista em filmes com desastres a cada 2 segundos como Pearl Harbor e Armaggedon), tendo inclusivamente uns excelentes 15 minutos iniciais. O facto de ter sido um fracasso nos EUA, pode residir na história um pouco complexa (para parâmetros do americano médio) para a faixa etária (14/18 anos) que consome mais cinema neste país.
O filme retrata a história de Lincoln Six-Echo (Ewan MacGregor) e Jordan Two-Delta (Scarlett Johansson), residentes num Instituto científico, em meados do seculo XXI, sem qualquer contacto com o resto do Mundo, devido a uma contaminação geral do mesmo. O Instituto é um dos poucos locais livres, sendo o grande objectivo dos seus habitantes ganhar a lotaria e serem transportados para a "Ilha" que representa o ultimo reduto da Terra habitável.
No entanto, como veremos com o desenrolar da fita, nem tudo o que parece é. O filme tem um excelente ambiente nos primeiros 15/20 minutos, com uma atmosfera opressiva e estranha, sendo que tudo se transforma num Michael Bay puro, após a fuga dos dois protagonistas do Instituto. A temática do filme (clonagem para efeitos de seguro de pessoas ricas) é bastante interessante e coloca muitas questões, sendo que uma delas não fica respondida depois do final, o que acontecerá no Mundo com 2 pessoas iguais?
Este deve ser o filme com mais publicidade directa até hoje, como os sapatos dos residentes do Instituto (Puma), o sistema de páginas amarelas (MSN) e um dos momentos chave para a protagonista feminina quando vê a sua original num anúncio da Channel, protagonizado pela... Scarlett Johansson (genial!!!). Os efeitos especiais estão muito bons, apenas tenho a frisar que, nem sempre ver tudo a correr é o melhor num filme de acção, normalmente nestes casos percebe-se bem menos do que se pretende.
Em resumo, trata-se de um filme com uma história interessante e verossímel (ao contrario de certos momentos de Armaggedon, por exemplo) e dois protagonistas que, apesar de não ser stars de Hollywood, dão conta do recado, é sempre bom ver a beleza de Scarlett Johansson no ecran :)
Carpe Diem
PS: Vale a pena ver este filme apenas para assistir ao trailer do "King Kong" de Peter Jackson, pelo aspecto temos mais um filme de culto em potência!!!